Conferência Livre Nacional
Atualizado: há 5 dias
Conferência Livre Nacional sobre a garantia dos direitos humanos na atenção às urgências e no acesso hospitalar no Brasil.

A Rede Brasileira de Cooperação em Emergências, junto do Fórum Social Mundial da Saúde e da Seguridade Social e do Grito das Excluídas e Excluídos Continental convida para a Conferência Livre Nacional sobre a garantia dos direitos humanos na atenção às urgências e no acesso hospitalar no Brasil.
Dia 27 de Maio, das 09h às 12h30 e das 13h30 às 19h, na modalidade on-line na plataforma Google Meet.
Registro: https://forms.gle/Hid5M9GVdd1tKubRA
Por que convocamos essa Conferência Livre?
Os 28 anos de atuação da RBCE culminaram numa série de campanhas e atos permanentes pelo sistema de e acesso à saúde, com busca constante pela incidência política para a proteção do Sistema Único de Saúde, seus usuários e trabalhadores, reivindicando um SUS autossuficiente, forte e com possibilidade de atender - e atender com qualidade - os cidadãos, com políticas de cuidado e prevenção, seguindo as recomendações internacionais para atendimentos de urgência e emergência, assegurando a capacidade real e sólida de um Sistema construído para as necessidades médicas, sociais e humanas dos 214,3 milhões brasileiros e brasileiras. Esses princípios culminaram recentemente no relançamento da “Campanha 4X4: 4 leitos por mil habitantes e 4 horas para atender" uma campanha conjunta com a Aliança Cidadã pela busca por um atendimento de urgência humanizado e de tamanho e capacidades adequados.
Em 2023, como preparação para a 17 CNS, a Rede, junto de seus companheiros do FSMSSS e do Grito, propomos esta Conferência Livre Nacional, para que reivindique os direitos e os traduza em uma agenda técnico-política que os sustente, com ênfase em temas que foram muitos deles abordados no I Congresso de 2020, mas que necessitam ser reprojetados no contexto da XVII Conferência e no Planejamento do setor saúde do Brasil.
Veja nosso Programa e os 15 pontos de diálogo elaborados:
Painel 1: 9h-10h30
Necessidades Sociais nas Urgências e garantia dos direitos e
acesso para os idosos e em saúde mental
1. O impacto da longevidade nos serviços de urgências – atenção clínica
integrada, relação com atenção básica e continuidade assistencial, cuidados
paliativos, domiciliares e de pacientes moribundos / a morte na urgência. Os
exemplos de enfoque sistêmico do AVC e das fraturas de fêmur;
2. A saúde mental dos usuários e dos profissionais das urgências como um
desafio persistente – construir o componente de urgências integrado ao
cuidado clínico e apoiar a implementação da reforma psiquiátrica brasileira.
Burnout e stress pós-traumático nas urgências.
3. A expressão e abordagem das urgências sociais e a garantia integral dos
direitos humanos.
Painel 2: 10h30 - 11h30
Os Tempos de Espera e a Congestão das Urgências:
4. Os tempos de espera e permanência nos circuitos da atenção urgente – onde
estamos no combate à congestão dos serviços e das redes de urgências?
5. Uma avaliação crítica do desempenho dos componentes das Redes de
Atenção às Urgências – atenção básica, serviços móveis - SAMUs, UPAs,
hospitais.
6. Como levar adiante a Campanha 4 x 4 no contexto e momento das urgências
do SUS?
Painel 3: 11h30 - 12h30
Sobre a governança e a sustentabilidade econômica da atenção às
urgências:
7. Os comitês gestores de serviços e de redes de atenção às urgências –
podemos recuperar sua potência ordenadora e reguladora? Quais são os âmbitos de responsabilidade nas relações intergovernamentais na atenção às
urgências - municípios, regiões, estados e União ?
8. Qual o tamanho e as formas de sustentação econômica que necessitamos
para as redes integradas de atenção às urgências com enfoque de atenção
primária ou essencial à saúde – a suficiência qualificada da atenção básica até
o acesso hospitalar. As urgências como sistema complexo adaptativo;
Painel 4: 13h30 - 15h
Os impasses da Regulação da Atenção da Saúde e das Urgências:
9. Salvemos a regulação da atenção à saúde: a necessária conexão com
planejamento, avaliação e gestão sistêmica, macro e micro regulação na
gestão dos tempos e filas de espera do sistema em tempos clinicamente
aceitáveis. O resgate do conceito de complexos de regulação. A
profissionalização da regulação e sua integração – continuidade do cuidado e o
caminho em direção a uma regulação da atenção 4.0.
10.Salvemos a regulação médica das urgências: Tempos de resposta e a
ampliação do poder de autoridade sanitária da regulação das urgências no
complexo de regulação no circuito integral da atenção urgente;
11. Fragmentação informativa e as novas tecnologias de informação, saúde digital
e inteligência artificial, explorando benefícios e perigos desta vertiginosa
transformação e seu uso na regulação da atenção e das urgências;
Painel 5: 15h - 16h30
A Força de Trabalho das Urgências:
12.Profissionalização da atenção e da gestão às urgências: onde estamos e o que
ainda necessitamos realizar. Segue atual a ideia de certificação de habilitações
proposto pela 2048? Quais as estratégias mais efetivas de educação
permanente nos serviços e como combinamos o enfoque dos direitos humanos
na qualificação de processos e resultados na atenção? Qual a função estratégica dos especialistas de atenção às urgências?
Como impedir o mercado de cursos em favor de uma formação permanente
pública suficiente nos serviços de saúde? Qual o papel da educação a
distância?
13.Força de trabalho nas urgências – realidades e desafios para um plano
nacional de suficiência qualificada. O desgaste da Força de Trabalho e a
organização da gestão do trabalho nas urgências e sua saúde mental e física,
longevidade profissional nas urgências, multiemprego, circulação de
profissionais, verticalização e duração dos plantões o impacto do trabalho em
turnos e noturno.
Painel 6: 16h30 - 17h30
Cidades e Comunidades Protetoras:
14.A estratégia de cidades e comunidades protetoras da vida – análise do
realizado e do seu potencial. Pergunta sobre sua vigência e possíveis
estratégias para materializar este conceito.
Manejo integrado de Desastres:
15.O manejo integrado de desastres e emergências coletivas em cidades e
comunidades – onde estamos depois da pandemia? Como lidamos com os
desastres de baixa intensidade de um sistema sempre escasso?
Sessão de Encerramento: 17h30 – 19h
Recomendações e propostas da Conferência Livre e eleição dos seus
delegados